N.º 102 de Julho de 1925
Descrição físicapp. 13-15SumárioNovela social sobre a miserável vida de uma família: a violência doméstica que caracteriza a relação entre José Bernardo e a sua mulher; alvo da curiosidade, chacota e alcoviteirice de todos os vizinhos, a família é criticada; Bernardo aliena-se no alcoolismo, perante o desespero da mulher; o abandono dos filhos; a angústia que imobiliza e degenera Bernardo; a consciência de uma vida condenada pelo vício do álcool e pela pobreza; o ódio contra a sua condição social é reflectido na violência contra a mulher; o automatismo dos outros indivíduos contrasta com a reflexão de Bernardo sobre a necessidade de fugir do seu ambiente social e familiar,que lhe terá sido imposto à nascença; a humilhação sofrida no trabalho; a apatia resultante da incapacidade de superar a sua situação social; um período de quietude permite à mulher sonhar com um futuro melhor; a ira e a ferocidade retornam e Bernardo assalta violentamente a mulher, matando-a; a impossibilidade de abandonar a miséria.NotasContém três ilustrações: fotografia de Eduardo Frias (p.13); ilustração legendada como "Ao emergir da cave ninguem diria ser aquele o homem que amedrontava o pateo"; ilustração legendada como: "...e os dois confundidos na penumbra, acabaram por fazer tombar a meza e despedaçar o candieiro" (p.48). Continua em: Nº 2 (15 Julho 1925), pp.31-32; Nº 3 (1 Agosto 1925), pp.46-48.ConceitosAssuntosNomes Geográficos
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