Dados editoriais
A revista mensal A Águia, publicada entre Dezembro de 1910 e Junho de 1932, conheceu 205 edições, repartidas por cinco séries.
A partir da segunda série, A Águia apresentou-se como órgão do movimento intelectual Renascença Portuguesa. Ao mesmo tempo que reiterava a pertinência dos princípios que afirmara em 1910, a revista propôs-se congregar grupos de intelectuais dispersos, editar inéditos e contribuir para o renascimento cultural da identidade portuguesa sob a bandeira política da liberdade, da democracia e da República.
Ao longo de toda a publicação, o Brasil foi o país privilegiado em termos de presença e diálogo culturais e políticos. Sempre com a sede no Porto, A Águia foi impressa, entre Maio de 1920 e Junho de 1921, no Anuário do Brasil, no Rio de Janeiro.
1ª Série – 10 n.ºs, de 1 Dez. de 1910 a Jul. de 1911 – A Águia: revista quinzenal ilustrada de literatura e crítica (a partir do n.º 7, de 1 Março de 1911, passou a ser publicada mensalmente, sem o registar no subtítulo). Nesta série, as informações sobre moradas, corpos directivos, colaboradores, tipografia e sumário do número constam da capa.
N.º 1 (1 Dez. de 1910) a N.º 3 (1 Jan. de 1911)
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Director e proprietário: Álvaro Pinto.
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Editor: Tércio de Miranda.
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Direcção e administração: R. da Alegria, 218, Porto.
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Tipografia: Empresa Guedes, R. Formosa, Porto.
N.º 4 (15 Jan. de 1911)
Álvaro Pinto juntou a condição de editor ao estatuto de director.
2ª Série – 120 n.ºs, de Jan. de 1912 a Out. de 1921 – A Águia: revista mensal de literatura, arte, ciência, filosofia e crítica social – Órgão da Renascença Portuguesa: associação de literatura, arte, ciência, filosofia e crítica social.
N.º 1 (Jan. de 1912)
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Administrador: Tércio de Miranda.
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Director literário: Teixeira de Pascoaes.
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Director artístico: António Carneiro.
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Director científico: José de Magalhães.
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Secretário: Álvaro Pinto.
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Administração e redacção: Rua da Alegria, 218, Porto.
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Tipografia: Costa Carregal, Travessa Passos Manuel, 27, Porto.
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Gravuras: Cristiano de Carvalho, Rua de Cedofeita, 95, 1.º, Porto.
N.º 2 (Fev. de 1912)
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Directores: Teixeira de Pascoaes e António Carneiro; sai José de Magalhães.
N.º 13 (Jan. de 1913)
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Administração e redacção: Rua Sá da Bandeira, 363-2.º, Porto.
N.º 25 (Jan. de 1914)
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Administrador e secretário de redacção: Álvaro Pinto; sai Tércio de Miranda.
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Administração, redacção e tipografia: Praça da República, 160-2, Porto.
N.º 49 (Jan. de 1916)
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Administração, redacção e tipografia: Rua dos Mártires da Liberdade, 176, Porto.
N.º 61-62-63 (Jan.-Fev.-Mar. de 1917)
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Director artístico: António Carneiro.
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Gerente: Álvaro Pinto.
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Gravuras: Cristiano Carvalho e Comércio do Porto.
N.º 67-68 (Jul.-Ago. de 1917)
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Gravuras: Simão Guimarães.
N.º 79-80-81 (Jul.-Ago.-Set. 1918)
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Correspondentes assinalados:
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França – Phileas Lebesgue
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Salamanca – Miguel de Unamuno
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Barcelona – Ribera y Rovira
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Rio de Janeiro – Costa Macedo.
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N.º 91-92-93 (Jul.-Ago.-Set. de 1919)
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Propriedade da Renascença Portuguesa.
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Directores: António Carneiro e Álvaro Pinto.
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Os correspondentes espanhóis deixam de constar.
N.º 101-102 (Mai.-Jun. de 1920) a N.º 112-113-114 (Abr.-Mai.-Jun. de 1921)
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Redacção e administração mantêm-se na Rua Mártires da Liberdade, 176, Porto.
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Tipografia: Anuário do Brasil, Rua D. Manuel, 62, Rio de Janeiro.
N.º 115-116-117 (Jul.-Dez. de 1921)
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Tipografia: A Tribuna, Rua Duque de Loulé, 108-124, Porto.
3ª Série – 60 n.ºs, de Jul. de 1922 a Dez. de 1927 – A Águia: revista mensal de literatura, arte, ciência, filosofia e crítica social – Órgão da Renascença Portuguesa: associação de literatura, arte, ciência, filosofia e crítica social.
N.º 1 (Jul. de 1922)
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Director: Leonardo Coimbra.
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Correspondentes:
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Paris – Phileas Lebesgue
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Rio de Janeiro – Álvaro Pinto.
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Redacção, administração e tipografia: Rua Mártires da Liberdade, 178, Porto.
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Gravuras: Simão Guimarães.
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Distribuidor no Brasil: Anuário do Brasil, Av. Rio Branco, 131-1º, Rio de Janeiro.
N.º 7 (Jan. de 1923)
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Directores: Leonardo Coimbra e António Carneiro.
N.º 19-20 (Jan.-Fev. de 1924)
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O Anuário do Brasil deixa de ser referido como distribuidor.
N.º 37-42 (Jul.-Dez. de 1925)
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Secretário de redacção: Hernâni Cidade.
N.º 55-57 (Jan.-Mar. de 1927)
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Muda o correspondente do Rio de Janeiro: Armando Tâmega.
4ª Série – 12 n.ºs, de Jan. 1928 a Dez. de 1930, todos visados pela censura – A Águia: revista mensal de literatura, arte, ciência, filosofia e crítica social – Órgão da Renascença Portuguesa: associação de literatura, arte, ciência, filosofia e crítica social. Nesta série, toda a informação dos corpos directivos e o sumário dos artigos constam da capa da revista. O número duplo 10/11 (Jul.-Out. de 1929) foi objecto de apreensão policial.
N.º 1-2 (Jan.-Abr. de 1928)
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Directores: Leonardo Coimbra, José Teixeira Rego e Hernâni Cidade.
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Director artístico: António Carneiro.
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Redacção e administração: Rua Mártires da Liberdade, 178, Porto.
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Tipografia: Costa Carregal, Travessa Passos Manuel, 27, Porto.
N.º 7-8 (Jan.-Mar. de 1929)
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Comissão directiva: Leonardo Coimbra, Adolfo Casais Monteiro, Santana Dionísio.
N.º 10-11 (Jul.-Out. de 1929)
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Comissão directiva: Leonardo Coimbra e Santana Dionísio (na capa). No bloco editorial da p. 1, Casais Monteiro ainda consta.
5ª Série ou Ano XX – 3 n.ºs, de Jan. a Jun. de 1932, todos visados pela censura – A Águia: revista bimestral de literatura, arte, ciência, filosofia e crítica social – Órgão da Renascença Portuguesa: associação de literatura, arte, ciência, filosofia e crítica social. Nesta série toda a informação dos corpos directivos e o sumário dos artigos constam da capa da revista. Publicidade nos três números.
N.º 1 (Jan.-Fev. de 1932)
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Comissão directiva: Leonardo Coimbra, Santana Dionísio.
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Secretário de redacção: Carlos Bastos.
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Redacção e administração: Rua Mártires da Liberdade, 178, Porto.
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Tipografia: Imprensa Moderna.
N.º 2 (Mar.-Abr. de 1932)
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Comissão directiva: Aarão de Lacerda junta-se à direcção da revista.
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Redacção e administração: Rua do Almada, 627-629, Porto.
N.º 3 (Mai.-Jun. de 1932)
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Comissão directiva: Delfim Santos junta-se à direcção da revista.
Adelaide Machado